Não é teimosia, Não é pirraça, Não é birra, Não é má educação: É TOD!

Não é teimosia, Não é pirraça, Não é birra, Não é má educação: É TOD!

A maioria das pessoas já deve ter conhecido uma criança que simplesmente se recusa a obedecer ordens ou solicitações de um adulto, apresentando comportamento de teimosia, birra, pirraça e outras atitudes. O primeiro pensamento que surge é que essa criança seria mal-educada pelos seus cuidadores.

Sabemos que não dar limites aos filhos e permitir que eles ajam da maneira que quiserem, em qualquer lugar, pode sim provocar essas atitudes. Notamos que a desobediência é algo até muito comum em crianças e adolescentes, mas se resolve com uma conversa ou uma advertência mais séria. Lembrando que, ao longo da infância, a maioria das crianças tem uma fase de desobediência e isso passa naturalmente. Mas é preciso observar seriamente o comportamento da criança, principalmente quando a birra, pirraça e teimosia é constante, fora do que é considerado “normal”. Nesses casos, o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) pode ser tornar uma suspeita.

A criança com o quadro clínico de TOD apresenta um comportamento de teimosia frequente, hostilidade e desafiador. Esses comportamentos não são solucionados com uma conversa ou uma advertência. A diferença entre a desobediência típica da infância e o TOD está na intensidade e na frequência, uma vez que na desobediência o comportamento ocorre em determinados momentos, no TOD, a criança apresenta esses comportamentos a todo o momento, em diferentes lugares e com qualquer figura de autoridade, por isso o TOD é algo mais sério a ser lidado.
O TOD é um transtorno muito complexo e exige um conhecimento aprofundado para seu diagnóstico, sendo necessária a ajuda de profissionais para descartar a má educação e diagnosticar o transtorno. O tratamento do TOD pode envolver intervenção psicológica, pedagógica, familiar e farmacológica.
Quanto mais tarde se diagnostica o TOD, mais prejuízos a criança pode ter no aprendizado escolar e na sua convivência social e familiar. Por isso, entender o que pode ser ou não uma simples falta de educação, ou o transtorno é muito importante. Fique atento aos seguintes comportamentos:

• TEIMOSIA PERSISTENTE;
• COMPORTAMENTO NEGATIVISTA;
• RESISTÊNCIA ÀS ORDENS;
• NÃO “NEGOCIA COM ADULTOS”;
• RAIVA FREQUENTE;
• TENTATIVA CONSTANTE DE IRRITAR PESSOAS;
• PROBLEMAS ACADÊMICOS;
• DIFICULDADE EM MANTER AMIZADES;
• AGRESSIVIDADE COM COLEGAS;
• FREQUENTEMENTE RANCOROSO OU VINGATIVO;
• FREQUENTEMENTE SE ABORRECE SEM MOTIVOS;
• SE DESCONTROLA COM FACILIDADE;
• IMPULSIVIDADE OU IRRITABILIDADE FREQUENTES;
• COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL.

Ao perceber esses sinais, descritos acima, associados a desobediência excessiva, falta de educação constante e birras frequentes, a criança precisa ser avaliada a fim de entender o motivo. Por isso, procurar uma ajuda profissional é essencial.


Texto: @neuropsicologapriscilaribeiro

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