Fevereiro Roxo: O processo diagnóstico da Doença de Alzheimer

A Doença de Alzheimer (DA) é caracterizada principalmente por déficits cognitivos progressivos e a avaliação neuropsicológica pode identificar esses déficits em várias áreas cognitivas, como memória, atenção, linguagem, funções executivas e habilidades visuoespaciais. Desse modo, sendo possível também estabelecer uma linha de base do funcionamento cognitivo do paciente, útil para monitorar a progressão da doença ao longo do tempo e avaliar a eficácia de intervenções terapêuticas.

Através da avaliação também é possível descartar outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar contribuindo para os sintomas apresentados pelo paciente. Isso é importante porque muitas condições podem imitar os sintomas da DA, como depressão, distúrbios de tireoide, demência com Corpos Lewy, entre outros distúrbios cognitivos.

Além de avaliar o desempenho cognitivo, a avaliação neuropsicológica também pode avaliar a funcionalidade do paciente em atividades diárias. Isso inclui a capacidade de realizar tarefas cotidianas como se vestir, preparar refeições e gerenciar finanças. Essa informação é essencial para entender o impacto da doença na vida do paciente e na capacidade de viver de forma independente.

Com base nos resultados da avaliação neuropsicológica, os profissionais de saúde podem desenvolver planos de cuidados personalizados e recomendar intervenções específicas para ajudar o paciente a gerenciar os sintomas da DA e manter a qualidade de vida o máximo possível.

A avaliação também pode fornecer informações valiosas para os familiares e cuidadores do paciente. Compreender os déficits cognitivos específicos do paciente pode ajudar os cuidadores a lidar melhor com os desafios do cuidado diário e a adaptar o ambiente para atender às necessidades do paciente.

Em resumo, a avaliação neuropsicológica desempenha um papel imprescindível no processo diagnóstico do Transtorno Neurocognitivo do Subtipo Doença de Alzheimer, possibilitando a confirmação do diagnóstico, diferenciar a DA de outras condições, monitorando a progressão da doença e desenvolvendo planos de cuidados personalizados. Além de fornecer informações importantes para o paciente, familiares e demais profissionais de saúde, auxiliando na conduta de tratamento.

Texto: @‌neuropsimichele