Importância dos responsáveis na terapia Infantil

É sabido que a psicoterapia infantil traz benefícios para o desenvolvimento da criança, autoconhecimento, regulação emocional, fortalecimento da autoestima entre outros.

Mas o processo terapêutico infantil vai muito além do atendimento individual da criança. Para que as sessões sejam um espaço de evolução e desenvolvimento, é de extrema importância a presença da família.

No início do tratamento, geralmente é feito um contrato e uma entrevista com os pais. Em que é acordado a necessidade de comprometimento com o processo terapêutico da criança por parte da família. O comprometimento não é só com presença física, mas com o processo terapêutico em si. Então, não atrasar nem faltar as sessões, não interromper o tratamento, ter uma troca e feedbacks com o psicólogo, se manter aberto a possíveis mudanças que precisem ocorrer na forma da educação da criança e manter uma relação de confiança mútua com o psicólogo são uns dos papéis dos pais na terapia infantil.

Durante o processo psicoterapêutico da criança a participação dos pais é constante, podendo ser semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, o importante é perceber que psicólogo e família vão estar sempre em contato.

A recusa dos pais em se envolver na terapia do filho (a), acaba implicando diretamente na evolução do tratamento. Não existe um acompanhamento efetivo na terapia infantil sem a presença dos pais. A criança é um sujeito ainda em formação, e a família serve como exemplo para seu desenvolvimento e entendimento do ambiente ao seu redor. E de fato, os comportamentos da família serão muitas vezes imitados.

Por isso é importante que os pais reconheçam suas dificuldades, percebendo quais comportamentos poderiam ser mudados a fim de ajudar seu filho. E por vezes é papel do psicólogo também diagnosticar o funcionamento familiar e indicar os pais para uma terapia própria que atenda às suas demandas e questões pessoais.

Texto da psicóloga Júlia Gonzaga

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