Dia da Criança com Deficiência
A deficiência pode ser descrita como “toda perda ou anomalia de uma estrutura, ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.
Existem vários tipos de deficiência, como as visuais, motoras e auditivas, e independentemente do tipo de deficiência sobre a qual estamos falando, a palavra inclusão deve se fazer presente.
A maneira como a sociedade percebe as pessoas com deficiência não é inclusiva e é fruto de premissas adquiridas ao longo de séculos. Além disso, ainda há muitos preconceitos e mitos associados ao conceito de “anormalidade”, uma maneira um tanto ofensiva de se referir à condição física, mental ou psicológica das pessoas com deficiência.
Por essa razão, se faz necessária a promoção de ações psicológicas que auxiliem na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência (PCD), que devem ser incluídas no trabalho, nas discussões, na vida cotidiana e nas rotinas e dinâmicas sociais.
Tratando-se de crianças, esse trabalho deve ser ainda mais intenso, pois ele determinará o curso de toda sua vida. O Profissional de psicologia avalia e identifica barreiras existentes no contexto social a qual a criança está inserida, viabiliza estratégias necessárias para diminuir a limitação e promover sua potencialidade colaborando para sua autonomia e inclusão mediante ações como:
Intervenções nas instituições escolares, com objetivo de valorizar os saberes dos educadores e cooperar para que eles sejam atuantes no processo de inclusão escolar;
Orientação de pais e cuidadores;
Grupo de debates, que priorizem a troca de experiência;
Promoção da cidadania, visando reduzir as “barreiras atitudinais”, cooperando para que profissionais e sociedade modifiquem seu olhar através do conhecimento.
É importante salientar que, a procura por tratamento psicológico de crianças com deficiência vem, sobretudo, de uma necessidade de que a criança atenda às expectativas sociais, em detrimento de sua saúde mental e seu bem-estar. Porém, o ideal é que ocorra o movimento contrário: a busca por auxílio psicológico por prezar pela saúde, bem-estar e autonomia dessas crianças e, em consequência disso, elas sejam felizes e livres de sofrimentos desnecessários, decorrentes de preconceitos, estigmas e mitos que atuam sobre a pessoa com deficiência.
Texto: Luana Gonçalves